29 de mar. de 2012

ACONSELHAMENTO CRISTÃO

ACONSELHAMENTO CRISTÃO I. DEFINIÇÃO: Segundo o dicionário Aurélio, aconselhamento é uma “forma de assistência psicológica destinada à solução de leves desajustamentos de conduta. No caso do aconselhamento cristão podemos defini-lo da seguinte maneira: uma forma de assistência espiritual, física e psicológica destinada à solução de todos os desajustamentos de conduta (leia-se pecado) e os desajustamentos de motivação. Aconselhamento cristão não é dizer a uma pessoa: “você está em pecado e deve mudar de atitude, porque a Bíblia diz. Caso contrário, você queimará no fogo do inferno”. Aconselhamento cristão não é dizer a uma pessoa: “você está agindo assim, porque no passado não experimentou algo. Não se preocupe a culpa não é sua, mas de outras pessoas e das circunstâncias do passado. No primeiro exemplo temos um legalismo frio que supervaloriza a culpa e anula a graça. No segundo exemplo temo uma espécie de um determinismo psicanalítico, que nega a culpa real do ser humano diante de Deus e destrói o evangelho de Cristo. Infelizmente, tem sido assim, que muito pastores e lideres tem encarado o assunto aconselhamento cristão. II. LEITURA BÍBLICA PRELIMINAR A. Is 9.6 “Conselheiro” – um dos títulos proféticos de Jesus, o Messias B. Is 11.2 “O Espírito de conselho” repousa sobre o Messias C. Jo 14.16 “Ele vos dará outro Consolador” – um dos títulos do Espírito Santo: “Consolador” (parakleton). D. Rm 12.8 “ou o que exorta, use esse dom em exortar” (parakaleo) E. Rm 1.4 “Consolação das Escrituras” (paraklesis) F. Cl 1.28 “admoestando a todo homem” (nouthesia) – isto é, nós hoje – a igreja. At 20.31 “admoestar com lágrimas a cada um de vós” (nouthesia). Vemos aqui que Paulo muito ministrava mediante aconselhamento pessoal. Ef 6.4 “Criai-vos na doutrina(paidia) e admoestação (nouthesia)do Senhor” Cl 3.16 “Admoestando uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais” (nouthetountes). Para que tal aconselhamento ocorra, atentemos bem para o final deste versículo: “cantando ao Senhor com graça em vosso coração”. G. Livros da Bíblia de grande conteúdo de aconselhamento: Deuteronômio, Provérbios, Salmos, João(evangelhos e epistolas), Mateus (principalmente o Sermão da Montanha), Filipenses, Efésios, 1 e Pedro, Tiago. F. “Nunca vos deixei de anunciar todo o Conselho de Deus” – At. 20.27 III. CARACTERISTICAS DO ACONSELHAMENTO CRISTÃO • Deve ser realizado por um cristão; • Deve ser centrado em Cristo ( Cristo é o centro de tudo, Nele está a fonte da sabedoria) • Deve ser alicerçado na igreja ( a igreja é maior comunidade terapêutica do mundo) • Deve ser centrado nas Sagradas Escrituras ( A Bíblia é o nosso Manual de fé e conduta, é o único livro que lê nossa vida, em o poder transformador, ela é uma fonte de cura – vide Sl. 107.20) IV.AS TRÊS GRANDES DIVISÕES DO ACONSELHAMENTO • EDUCATIVO – envolve a iniciativa por parte do conselheiro, no sentido de ensinar princípios de saúde mental a grupos; • PREVENTIVO – procura impedir que os problemas se agravem ou evita completamente a sua ocorrência; • TERAPÊUTICO – envolve ajuda ao individuo, a fim de que ele trate dos problemas existentes da vida. V. O CONSELHEIRO E O ACONSELHAMENTO Quase todos nós encontramos pessoas que gostariam de desempenhar o papel de conselheiros e ajudar pessoas, muitas vezes por se tratar de uma atividade considerada fascinante – dar conselhos e ajudar pessoas a resolverem seus problemas. O aconselhamento, como é natural, pode ser um trabalho muito gratificante, mas não leva tempo para descobrirmos que se trata de uma tarefa árdua, emocionalmente exaustiva. Ele envolve concentração intensa e algumas vezes nos faz sofrer, ao vermos tantas pessoas infelizes. A Motivação do Conselheiro Porque você quer aconselhar? Alguns conselheiros cristãos, especialmente pastores, foram praticamente obrigados a exercer essa ocupação devido às pessoas que os procuram espontaneamente para pedir ajuda com seus problemas. Outros encorajam as pessoas a procurá-los e talvez tenham feito um treinamento especial, baseados na suposição valida de que o aconselhamento é uma das maneiras mais eficazes de servir aos outros. Como vimos, a Bíblia ordena o cuidado mutuo e isto com certeza envolve o aconselhamento. Quase nunca é fácil analisar e avaliar nossos motivos. Isto talvez se aplique especialmente quando examinamos nossas razões para praticar o aconselhamento. Um desejo sincero de auxiliar pessoas a se desenvolverem é uma razão valida para tornar-se um conselheiro, mas existem outras que motivam os conselheiros e que interferem com a eficácia de seu aconselhamento 1.Curiosidade – Necessidade de informação. Ao descrever seus problemas, os aconselhados, no geral, oferecem certas informações que não contariam a mais ninguém de outra forma. Quando o conselheiro é curioso, ele ou ela algumas vezes esquece o aconselhado, pressiona para obter mais detalhes e com freqüência não consegue manter segredo. 2. A Necessidade de manter relações.Para alguns aconselhados, o conselheiro será seu melhor amigo, pelo menos temporariamente. Se você procurar oportunidades para prolongar o período de aconselhamento, para chamar o aconselhado, ou reunir-se com ele socialmente, a relação pode estar satisfazendo suas necessidades de companhia tanto quanto(ou mais do que) proporciona ajuda ao aconselhado. 3. A Necessidade de Poder. O conselheiro autoritário gosta de “endireitar” ou outros, dar conselhos(mesmo quando não solicitado), e desempenhar o papel de “solucionador de problemas”. Alguns aconselhados do tipo dependente podem desejar isto, mas não serão ajudados se suas vidas forem controlados por outra pessoa. A maioria das pessoas, eventualmente irá opor resistência a um conselheiro autoritário. Ele não será um verdadeiro ajudador. 4. A necessidade de Socorrer. O conselheiro deste tipo tira a responsabilidade do aconselhado ao demonstrar uma atitude que diz claramente: “você não é capaz de resolver isso, deixe tudo comigo”. Esta foi chamada de abordagem do messias benfeitor. Ela pode satisfazer o aconselhado por algum tempo, mas raramente fornece ajuda duradoura. O papel do conselheiro O aconselhamento, especialmente o pastoral, torna-se às vezes ineficaz porque o conselheiro não tem uma idéia clara do seu papel e responsabilidades. Numa serie inteligente de artigos há vários anos atrás, Maurice Wagner identificou varias áreas potenciais de confusão de papéis. 1.Visita em lugar de Aconselhamento. A visita é uma troca mutua e amigável de informações. Todo aconselhamento envolve visitas periódicas, mas quando estas se prolongam ou são o ponto principal, os problemas são evitados e é reduzida a eficácia do aconselhamento. 2. Pressa em lugar de Deliberação. É verdade que os conselheiros não devem perder tempo, mas também é certo que o aconselhamento não pode ser acelerado. 3. Desrespeito em lugar de simpatia. Alguns conselheiros classificam rapidamente as pessoas (por exemplo, como um “cristão carnal”, um “divorciado”,) e depois despedem os indivíduos com um confronto rápido ou conselho rígido. Ninguém quer ser tratado com tanto desrespeito e o ajudador que não com simpatia provavelmente não dará conselhos eficazes. 4. Condenação em Lugar de Imparcialidade. Há ocasiões em que os aconselhados precisam enfrentar o pecado ou comportamento incomum em sua vida, mas isto não é o mesmo que pregar e condenar na clinica de aconselhamento. Lembre-se do exemplo de Jesus, Ele jamais fez vista grossa para o pecado, mas compreendia os pecadores e os confrontava, manifestando sua bondade e respeito por eles.Foi assim com a mulher samaritana – cf Jo 4.1ss VI. DEZ PRINCIPIOS BÁSICOS SOBRE ACONSELHAMENTO 1. Santidade e saúde mental são sinônimas – Jo 10.10; Sl 119.9;18,105 2. O aconselhamento não deve apenas atender às necessidades das pessoas, mas também ajudá-las a ter um relacionamento com Deus – Hb 12.7-11 3. Associar o Espírito de Deus e a Palavra de Deus ao povo de Deus ajuda as pessoas a crescer 4. As pessoas têm satisfação na vida somente quando têm relacionamento correto com Cristo – Jo 3.1ss 5. O Senhor necessariamente não apaga as experiências dolorosas da vida ou as lembranças dessas experiências (por exemplo, maus tratos feitos por pai ou mãe, a morte de um ente querido), mas o Senhor sensibiliza os crentes por meio de experiências dolorosas, usando-as para ajudar outros que estejam passando por lutas ou estejam sofrendo – II Co 1.3,4 6. As Escrituras sempre estão certas – Pv 6.27 7. O aconselhado sempre é responsável por fazer o que é certo 8. O aconselhado, referente ao seu problema, tem a capacidade de escolher uma resposta bíblica e que honre a Jesus. 9. Todo individuo, pouco importando qual seja seu problema pessoal, é uma pessoa de valor, feito à imagem de Deus. 10. Toda verdade é, na realidade , a verdade de Deus. Esses dez princípios são princípios divinos. Eles funcionarão para trazer cura e saúde à medida que, pelo aconselhamento, os ministros alcançarem aqueles que estão em necessidade VII. O ACONSELHAMENTO – GENERALIDADES A. locais de aconselhamento. Aconselhamento em sala apropriada. Aconselhamento em outros locais: Depende das circunstâncias, das condições locais, das situações e do momento do atendimento. B. Ter agenda, e fazer o devido agendamento. C. Ter ficha de atendimento. D. Ser assíduo e pontual com as pessoas e reuniões. E. Aconselhamento por carta, telefone, informática; seus limites. F. Aconselhamento em visitação. G. Aconselhamento em viagem. Obs.: A melhor forma de aconselhamento é o pessoal. VIII. PRECAUÇÕES DO CONSELHEIRO NO ACONSELHAMENTO Cuidado comuns. A.Quanto ao próprio conselheiro. Por exemplo: individualismo; favoritismo; discriminação; preconceito; etc. B. Quanto ao aconselhado C. Quanto ao local de aconselhamento. Limpeza, arrumação, iluminação, ventilação, ruídos, movimento nas proximidades, privacidade relativa D. Quanto ao momento vivencial do aconselhamento O exemplo de Jesus: com Nicodemos (um homem): à noite, em casa, a sós. Com a Samaritana (uma mulher): de dia, em público. E. O conselheiro não deve ser guiado ou movido simplesmente pelo seu próprio espírito, para falar, orientar, instruir; mas depender de Deus, que conhece tudo em todos. I Sm 16.7 Sim o conselheiro não deve ser apenas um eco ou reflexo daquilo que ele vê, ouve, pensa, lê, estuda, e consulta. F. Aplicar no aconselhamento os princípios bíblicos, conforme diz Rm 15.4 “Consolação (paraklesis) das Escrituras”. O mesmo termo original referente a aconselhamento aparece em passagens como I Tm 4.13;Rm 12.8. IX. AREAS MAIS COMUNS DO ACONSELHAMENTO CRISTÃO A.Área da família em geral 1. A criança; o adolescente; o jovem; pais e filhos 2. Adultos e idosos 3. Parentes 4. Namoro, namorados, noivos e assemelhados. Eles e elas. APM (Aconselhamento Pré-Marital) 5. Celibatários (com ou sem vocação para o casamento). 6. O casamento como ato (a cerimônia de casamento), e como estado (a vida que irão ter). O marido. A mulher. Vida conjugal (matrimonial), o casamento feliz, problemas e conflitos conjugais, abandono, viuvez. B. Área ministerial. (ver I Ts 5.12 “ vos admoestam” (noutheteo). 1. Aconselhamento quanto a assuntos vivenciais do obreiro, mas também quanto ao desempenho ministerial dele. 2. Vida relacional do obreiro no ministério. 3. A família do obreiro em geral. O próprio obreiro; a esposa; os filhos; parentes; etc. C. Área religiosa 1. Assuntos bíblicos (o texto bíblico); Teologia bíblica. 2. Assuntos teológicos e afins. Exemplo: A Teologia especulativa, a relativista, e a bíblica 3. Assuntos doutrinários (As doutrinas da Bíblia) D. Áreas humanas A vocacional; a profissional; a acadêmica E. Área da vida cristã Vida espiritual; membros da igreja; congregados; novos convertidos; fracos na fé; desviados; fraquezas; erros, confissões de pecados, disciplina bíblica e cristã pela igreja, perdão, vícios diversos (no sentido de falhas morais). F. Área da apologética 1. Religiões, seitas e doutrinas falsas. Práticas antibiblicas. Inovações doutrinárias. 2. Falsas filosofias. Os “ismos”. G. Área da ética Abrange usos, costumes, praticas, tradições, secularismo; mundanismo, hábitos, vícios, complexos, recalques H. Área da vida situacional pessoal. As situações que surgem na vida. É nessas situações e ocasiões que o nosso “eu” vem à tona. 1. Crises; dificuldades; necessidades; apertos; problemas; tribulações, provações. 2. Doenças; acidentes; desastres; pacientes terminais; falecimentos; funerais, incapacitação física; invalidez etc. 3. Ocorrências imprevistas, inesperadas, súbitas, desagradáveis, negativas. I. Área institucional Capelania evangélica Aconselhamento em escolas, internatos, asilos, hospitais, presídios, etc. Casos de drogas; delinqüência; criminalidade. J. Área de doenças mentais, e, demonismo Diagnóstico diferencial entre psicopatias e demonismo Tentação, opressão, possesão, expulsão de demônio. Libertação espiritual pelo Poder de Deus mediante sua Palavra X. CLASSE DE ACONSELHADOS A. Consulentes; clientes Crentes; não crentes; desviados Crianças; adolescentes; jovens (o rapaz e a moça); adultos; idosos; estudantes; trabalhadores; profissionais; etc. Casados, viúvos; solteiros; descasados; cônjuge abandonado; divorciados. Obreiros; não-obreiros (homens e mulheres) B. O estado dessas pessoas: Carência; dúvidas; decisões; orientações; etc. XI. JESUS, O CONSELHEIRO POR EXCELÊNCIA Ninguém exerceu um papel tão bem na área do aconselhamento como nosso Amado Mestre, através do seu amor, sua vida, seus exemplos, ele levou indivíduos e famílias inteiras a receberam cura para suas feridas, paz para alma, e vida vitoriosa. Por isso a Bíblia o chama de: Conselheiro – Is. 9.6; o Espírito de conselho estava sobre Ele – Is. 11.1,2, na verdade ninguém nunca falou como Ele. Cheio do Espírito santo Ele encontrou pessoas em situações de crise e as confrontou com compaixão. Veja: • Na resposta ao jovem rico – Lc. 18.18-30 (estava numa crise existencial, perguntava o que tinha de fazer para herdar a vida eterna. • No encontro com Zaqueu – Lc. 19.1-10 (em crise profissional) • No encontro com a mulher Samaritana – João 4.1ss (em crise moral) • No encontro com Nicodemos – João 3.1ss (crise espiritual) • Na resposta dada às irmãs de Lázaro – João 11.23-40 XII. ACONSELHAMENTO CRISTÃO ENVOLVE OS SEGUINTES PROBLEMAS: Desde a queda do homem no pecado, o homem tem estado em grandes conflitos, trazendo ao mesmo os seguintes problemas: • Problema ecológico – separando-o da criação; • Problema sociológico – separando-o dos seus semelhantes; • Problema psicológico – separando-o de si mesmo; • Problema espiritual – separando-o de Deus... Somente através da redenção em Cristo Jesus o homem pode tornar-se uma nova criatura e ter forças para vencer os problemas da vida...Acrescente-se ainda que dentro da área de aconselhamento, deparamos com os seguintes traumas que cercam o ser humano, tais como: • Problemas relacionados com a fé • Problemas sexuais • Depressão • Ansiedade/preocupação • Problemas com os filhos • Vícios • Escola/profissão/emprego • Pré-matrimonial e matrimonial • Morte XIII. A FINALIDADE DO ACONSELHAMENTO • Estimular o desenvolvimento da personalidade; • Ajudar os indivíduos a enfrentarem com eficácia os problemas da vida; • Prover encorajamento e orientação para quem perdeu alguém querido ou esteja sofrendo decepção; • Levar o individuo a uma relação pessoal com Cristo XIV. QUALIFICAÇÕES DOS CONSELHEIROS EFICAZES • Ter caráter integro. O caráter é a nossa “marca” pessoal distintiva, vista aonde estamos, e deixada aonde passamos; • Espiritualidade genuína. (isto é ter a vida cheia do Espírito Santo, ser cheio, guiado, movido pelo Espírito) • Bíblia. Conhecimento bíblico sistemático e não apenas aleatório, conhecimento abalizado da doutrina bíblica; • Conhecer (mesmo!) o seu próprio temperamento, e controlá-lo. Sócrates, ilustre filosofo grego (468-400 a.C.): “homem, conhece-te a ti mesmo • Sinceridade. O conselheiro sincero é “real” – uma pessoa aberta, franca, que evita o fingimento ou uma atitude superioridade. A sinceridade implica em espontaneidade sem irreflexão e honestidade sem confrontação impiedosa. Isto significa que o ajudador é profundamente ele ou ela mesmo – não sendo do tipo que pensa ou sente uma coisa e diz outra. • Cuidado. Com sua higiene pessoal, da sua apresentação pessoal, da sua linguagem em geral, e do ambiente físico do local do aconselhamento. • Amor ao próximo. Ou melhor: amor de Deus pelo próximo; • Orar. Orar sempre. Orar mais. O conselheiro precisa ser um homem de oração, sempre deve depender de Deus em oração para o Espírito operar. XV. AS CRISES NO ACONSELHAMENTO À medida que avançamos na vida, a maioria de nós tem um comportamento bastante consistente. Como é natural, todos experimentamos altos e baixos espirituais e temos as vezes de aplicar um esforço extra para tratar de emergências ou problemas inesperados, mas ao nos aproximarmos da idade adulta, cada um de nós desenvolve um repertório de soluções de problemas baseado em sua personalidade, treinamento e experiências passadas. Usamos frequentemente essas técnicas e conseguimos assim enfrentar com sucesso os desafios da vida. Surgem, porém as vezes, situações mais graves que ameaçam nosso equilíbrio psicológico. Essas situações, ou acontecimentos da nossa existência, são também chamados de crises. Elas podem ser esperadas ou inesperadas, reais ou imaginárias, fatuais(como quando um ente querido morre) ou potenciais (como quando parece que um ente querido possa vir a morrer logo). Vários escritores comentam que a palavra chinesa para “crise” inclui dois símbolos. Um significa perigo e outro oportunidade. Uma crise é um perigo porque ameaça vencer a pessoa ou pessoas envolvidas. As crises envolvem a perda de alguém ou de algo importante, a mudança brusca de nosso papel ou posição, ou o aparecimento de pessoas ou acontecimentos novos e ameaçadores. Em vista dessa situação critica ser tão intensa e única. Isto leva a um período de confusão e espanto, geralmente acompanhado de comportamente negativo e distúrbios emocionais inclusive ansiedade, ira, desânimo, tristeza ou culpa. Isto pode persistir por várias semanas ou até mais. As crises, porém, dão às pessoas a oportunidade de mudar, crescer e desenvolver meios melhores de superá-las. Desde que as pessoas em crise quase sempre sentem-se confusas, elas ficam mais abertas à ajuda externa, inclusive o socorro de Deus e aquele proporcionado pelo conselheiro. A Biblia e os Tipos de Crise Grande parte da Bíblia trata de crises. Adão, Eva, Caim, Noé, Abraão, Isaque, José, Moisés, Sansão, Jefté, Saul, Davi, Elias, Daniel e várias outras personagens enfrentaram crises que o Velho Testamento descreve com detalhes. Jesus enfrentou crises (especialmente quando da sua crucificação) e o mesmo aconteceu aos discípulos, Paulo, e muitos dos primeiros crentes. Várias das Epistolas foram escritas a fim de ajudar os indivíduos ou igrejas a enfrentarem crises, e Hebreus resumiu tanto crises cujo final foi feliz como aquelas que resultaram em tortura, incrível sofrimento e morte. Os escritores contemporâneos identificaram três tipos de crises, cada uma das quais contém exemplos tanto modernos quanto bíblicos. 1. As Crises acidentais ou situacionais ocorrem quando surge uma ameaça repentina ou perda inesperada. Exemplo: morte, doença súbita, gravidez fora do casamento, perda de casa, economias, posição etc. Vemos um exemplo disso no Patriarca Jó, que num período muito curto de tempo perdeu filhos, riquezas, saúde etc. 2. As Crises de desenvolvimento surgem no curso do desenvolvimento humano normal. Tais como: entrada na escola, ida para a faculdade, ajustes no casamento e na paternidade, aceitação de criticas, declínio da saúde, adaptação à perda de amigos etc. 3. As crises existenciais que quase sempre se sobrepõem às acima, surgem quando somos forçados a enfrentar verdades pertubadoras, tais como compreensão de que: • Sou um fracasso • Sou velho demais para alcançar meus objetivos de vida • Fui “deixado para trás numa promoção”; • Minha vida não tem propósito; • Fui rejeitado por causa da cor da minha pele • Minha doença é incurável • Sou viuvo e agora; • Não tenho nada em que acreditar • Minha casa e bens se foram por causa do incêndio; • Estou aposentado A Bíblia se refere a essas três tipos de crises e dá orientação tanto ao aconselhado como ao conselheiro interessado em intervir nas crises. XVI. CONSELHOS QUE MUDARAM A HISTÓRIA DE FAMÍLIAS INTEIRAS: • Eliseu aconselhou a viúva a tomar vasos emprestados, e derramar azeite sobre os mesmos. A situação daquela família era difícil, o marido falecera, e o credor viria buscar seus filhos para serem escravos, ao obedecer os conselhos do homem de Deus, ela viu o milagre na sua família – cf. II Rs.4.1-7 • A sunamita também alcançou a benção na sua família, ao morrer seu filho , ela saiu ao encontro do homem de Deus, conta sua situação, e o homem de Deus, cheio d sabedoria e compaixão, vê sua amargura de alma e vai até sua casa, ora pelo menino e o mesmo ressuscita, trazendo alegria aquela família – cf II Rs. 4.8ss • Elias aconselha a viúva de Serepta a fazer um bolo primeiro para ele,e depois, para ela e seu filho, ela obedece a voz do profeta e recebe a benção em sua família – II Rs. 17.8-14 • Uma menina levada cativa de Israel, estava a serviço da mulher de Naamã, ao ver que o mesmo era leproso, aconselha: Oxalá o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria, ele restauraria sua lepra, ao tomar conhecimento do fato, Naamã, vai ao encontro de Eliseu, e o mesmo o aconselha a se banhar sete vezes no Jordão, ao obedecer o conselho do profeta ele recebe a cura de sua lepra – II Rs.5. Conclusão: aconselhamento aponta sempre para a solução, cura e restauração de vidas, é de suma importância que ouçamos os conselhos que nos são dados, pois com: conselhos prudentes se faz a guerra; e na multidão dos conselheiros há segurança – Pv.11.14. “Ao Rei consagro o que Fiz”... Sl 45.1 José Carlos Alexandre, Pr. CEADER 1940

SOMENTE EM JESUS TEMOS A VERDADEIRA PROSPERIDADE

Subsídio da Escola Bíblica Dominical Lição 13 – 25 de março de 2012 SOMENTE EM JESUS TEMOS A VERDADEIRA PROSPERIDADE TEXTO AUREO “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir;eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10) OBJETIVOS DA LIÇÃO: 1. Entender que a vida abundante consiste no equilíbrio. 2. Explicar quais são os erros acerca da pobreza. 3. Conscientizar-se de que a vida abundante não superestima o corpo nem nega a alma. Introdução: A presente lição vem nos mostrar que só em Jesus o crente pode desfrutar de uma verdadeira prosperidade, vivendo uma vida abundante conforme nos mostra o texto áureo da presente lição. RESUMO DA LIÇÃO: I. A VIDA ABUNDANTE CONSISTE NO EQUILIBRIO 1. A matéria superestimada 2. A matéria negada II. CORRIGINDO OS ERROS ACERCA DA POBREZA 1. Pobreza e pecado 2. A pobreza magicamente extinta III. A VIDA ABUNDANTE NÃO SUPERESTIMA O CORPO NEM NEGA A ALMA 1. A vida abundante é equilibrada. 2. Bem-estar físico e emocional 3. O bem-estar espiritual A leitura bíblica em classe da presente lição que se encontra no evangelho de João capitulo 15.1ss, o Senhor Jesus faz uma declaração extraordinária quando diz: Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Note bem a expressão do amado Mestre: Eu sou (de fato somente Ele é) a videira verdadeira. 1. Existem videiras falsas, como se dava com os apostatas provenientes do judaísmo dos dia de Cristo. 2. Israel fora descrita como uma videira de vida (Jr 2.21), mas, ao rejeitar o Messias, perdera esse privilegio. 3. O Logos é a fonte absoluta da vida para os homens(Jo 14.6). Rejeita-lo em sua missão em Cristo é ignorar a vida espiritual, pois Ele é o caminho. A escolha da videira, como representação da vida eterna, que é prerrogativa e doação do Messias, é particularmente apta pelas seguintes razões: 1. Porque a videira é um organismo vivo, que supre a vida a outros organismos vivos. Assim também sucede no caso de Cristo, que vive mas também outorga vida à outros – vide Jo 3.16;5.26;6.57 2. Porque o Messias figurava na literatura judaica como uma videira ou ramo, e, portanto, como um organismo vivo que proporciona vida a outros. 3. Porque foi uma excelente escolha de símbolos para ilustrar a pessoa de Cristo, posto que no templo havia uma gigantesca videira de ouro, que ficava próxima ao portão principal do templo, da qual pendiam cachos de uvas, como ornamentação. Essa videira era tão grande como a estatura de um homem. Ora, isso serve de símbolo de frutificação espiritual, da vida e da prosperidade do crente reconhecendo que Jesus é a concretização desse principio, e não um mero símbolo. 4. O suco do fruto da videira, que é o vinho, serve de simbolo ilustrativo da alegria e o Senhor Jesus é a alegria da vida dos homens, aquele que conduz os remidos ao seu destino certo e apropriado. Tão bem arraigada estava a idéia de que o Messias seria como a “videira” no judaísmo antigo, que se costumava dizer: “Quem sonhar com um ramo de videira, verá o Messias”. É importante que tenhamos em mente que necessitamos da presença e da graça de Cristo para que nossa vida seja equilibrada. Jesus disse: Sem mim, nada podeis fazer. Sem Ele jamais poderemos alcançar o equilíbrio necessário para um vida equilibrada. Então é muito errado de nossa parte achar que somente a prosperidade financeira nos garantirá o equilíbrio, necessitamos demais da ajuda divina em todos os aspectos de nossa vida. Nossa relação para com o dinheiro deve ser não de amor para com ele, mas sim de usa-lo de forma correta e apropriada de tal modo que o nome de Deus seja glorificado em nossa vida. Lembremos do conselho de Paulo: “quer comamos, quer bebamos, quer façamos qualquer outra coisa(inclui aqui o uso do dinheiro) tudo façamos para a glória de Deus. ANALISANDO A QUESTÃO DA POBREZA A pobreza estava presente em toda nação de Israel. Havia leis no Velho Testamento que favorecia os pobres. A lei de Deus é um reflexo do interesse pelos pobres. Quem ajudasse o necessitado teria o louvor dele; mas os que os oprimissem estariam sujeitos a um castigo imediato. Vejamos as instruções que Deus passou ao povo. 1. A cada três anos, todos os dízimos dos produtos colhidos nesse terceiro ano deveriam ser distribuídos também entre os pobres (Dt 14.28,29) 2. A cada sete anos, os credores tinham que perdoar as dividas, para que os devedores pudessem recomeçar a vida (Dt 15.1,4) 3. Por ocasião da colheita, os pobres poderiam apanhar o que houvesse no canto dos campos e das videiras (Lv 19.9,10). Os agricultores não poderiam colher o cereal dos cantos, nem rebuscar as plantações. As sobras e os cantos das plantações deviam ficar para os pobres. 4. Se alguém emprestasse dinheiro a um necessitado, não poderia cobrar juros dele (Êx 22.25) Essas leis tinham por objetivo garantir que a riqueza do povo de Deus foss distribuída por igual entre todos. Infelizmente, os profetas são testemunhas de que Israel ignorou essas disposições tão humanitárias. CAUSAS DA POBREZA Eram vários os fatores que contribuíam para a pobreza em Israel. É claro que havia muitas variáveis. Mas para entendermos bem o quadro geral, precisamos considerar alguns dos obstáculos com que eles defrontavam. Vejamos: 1. Impostos 2. O desemprego 3. Deficientes físicos 4. A morte do chefe da família 5. Seca e fome 6. Agiotagem A ATITUDE DE JESUS PARA COM OS POBRES Em seus ensinos Cristo revela grande compaixão pelos pobres. Nunca fez nenhum comentário depreciativo sobre eles, nem os acusou de nada. Vamos delinear sucintamente as idéias de Cristo sobre a questão. 1. Sua preocupação com os pobres era um aspecto de suas credencias como o verdadeiro Messias (Lc 4.18) 2. Ao darmos um banquete, devemos convidar para ele os pobres, e não os ricos (Lc 14.13) 3. Depois que Cristo jantou em casa de Zaqueu, o publicano, este demonstrou seu arrependimento afirmando que daria metade de seus bens aos pobres (Lc 19.8) 4. Jesus se sujeitou à pobreza da vida terrena para que nós pudéssemos ser abençoados (II Co 8.9;Fp 2.5ss) A POBREZA NA IGREJA PRIMITIVA Grande parte dos primeiros cristão era pobre. Os que não o eram antes de se converterem, ficaram pobres depois. Existem muitas razões para esse grande número de pobres. 1. O amor de Jesus atraía muitos pobres e deficientes físicos. 2. Não há dúvida de que alguns dos primeiros cristãos devem ter perdido o emprego ao abraçarem a fé. 3. Os primeiros cristãos eram perseguidos, por isso não podiam ter um emprego. 4. É possível que alguns dos novos convertidos tenham sido expulsos do convívio da família por causa da fé. 5. Os cristãos contribuíam largamente para o sustento dos que não tinham nada. Isso serviu para reduzir consideravelmente os recursos de muitos deles. Mediante o que aprendemos acima, concluímos que é pura falácia dos proponentes da teologia da prosperidade que pobreza é pecado e o crente que é pobre não tem fé, não tem respaldo bíblico. Fiquemos pois com a Palavra de Deus, que é nossa regra de fé e conduta, atentemos para as sábias palavras de Agur: “Não me dês nem a pobreza nem a riqueza;mantém-me do pão da minha porção” Pv 30.7-9 O equilíbrio espiritual é alcançado somente através de uma intima comunhão com o Senhor Jesus, que mesmo em meio aos reveses da vida, nos ajuda a suportar o sofrimento, nos moldando segundo a sua Palavra (Sl 119.71) Conclusão: Concluimos afirmando categoricamente como o titulo da nossa lição:Somente em Jesus temos a verdadeira prosperidade. Deus vos abençoe em Cristo.Amém! José Carlos Alexandre, Pr. “Ao Rei Consagro o que Fiz” Sl 45.1 “E quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais sabedoria ao povo ensinou”

DÍZIMOS E OFERTAS

DÍZIMOS E OFERTAS OBJETIVO S DA LIÇÃO: 1. Analisar a questão do dízimo e das ofertas dentro de uma perspectiva bíblica 2. Conscientizar-se de que a prática do dízimo e das ofertas é uma forma de adoração ao Senhor. 3. Explicar os dízimos e as ofertas como fontes de bênçãos Introdução: A lição de hoje tem como objetivo estudar um tema muito relevante para nós crentes em Jesus, pois o presente tema ainda é visto por alguns de maneira equivocada. Vamos enfatizar que à luz das Escrituras dízimos e ofertas fazem parte da nossa adoração ao Senhor. DIZIMOS E OFERTAS Definição – Décima parte. Ordenado pelo Senhor – Lv 27.30-32; Ml 3.10 Propósito do dízimo no Antigo Testamento – O dízimo de Israel era entregue para o sustento dos levitas (Nm 18.21) e dos sacerdotes (Nm 18.28), para ajudar nas refeições sagradas (Dt 14.22-27), e para socorrer os pobres, os órfãos e as viúvas (Dt 14.28,29) Qual a lição aprendida – Deus é dono de tudo – Êx 19.5; Sl 24.1;Ag 2.8 Propósito dos dízimos no Novo Testamento – Promoção do Reino de Deus e ajuda aos necessitados (I Co 9.9-14; Cl 2.10). Nossas contribuições devem ser voluntárias e generosas, segundo o Antigo Testamento (Êx 25.1,2 e o Novo Testamento (II Co 9.7). Pergunta para nossa reflexão. “Porque devemos entregar nossos dízimos e ofertas?” RESUMO DA LIÇÃO: I. DÍZIMOS E OFERTAS NA BÍBLIA 1. O Antigo Testamento 2. O Novo Testamento II. A PRÁTICA DO DÍZIMO E DAS OFERTAS COMO FORMA DE ADORAÇÃO 1. Reconhecimento da soberania e da bondade de Deus. 2. Reconhecimento do valor do próximo III. DÍZIMOS E OFERTAS COMO FONTES DE BENÇÃOS 1. A benção da multiplicação 2. A benção da restituição 3. A benção da provisão Dízimo – do hebraico (MA’ASER) do grego (DEKATE) significa a décima parte. O dizimo é uma prova para o cristão. Porque?  Quem ganha pouco diz eu não posso pagar o Dízimo, vai fazer falta  Quem ganha muito diz que é muito dinheiro  Quando o crente retém o seu dízimo, ele prejudica a si mesmo – Pv 11.24 TRÊS FATOS IMPORTANTES NO TOCANTE AO DÍZIMO – Ml 3.10 1. Temos uma ordem – Trazei à casa do tesouro – o lugar certo 2. Temos um motivo – Para que haja mantimento em minha casa – o propósito certo. 3. Temos uma linda promessa – abrirei as janelas dos céus – o resultado certo Veja que o Senhor promete derramar uma benção tal, que nos sobrevenha a maior abastança.Prestemos atenção nessa palavra à luz do original hebraico, a palavra é Day – significa suficiente, bastante, uma grande e suficiente quantidade;fartura, imensidão. Ocorre cerca de 40 vezes no Antigo Testamento. A primeira menção dessa palavra está em Êx 36.5, aparece no titulo da famosa canção de agradecimento da páscoa ”dayenu” – seria o bastante para nós. OS TRÊS LADOS DO DÍZIMO 1. O lado do povo – A Bíblia diz para o povo trazer o dízimo, essa ordem TRAZER significa que não cabe a nós administrar os nossos dízimos. 2. O lado do ministério – cabe aos administradores escolhidos por Deus cumprir rigorosamente o destino dos dízimos (Ne 13.13), quando isso acontece a benção é certa (Ne 12.44; II Cr 31.10) 3. O Lado de Deus – o povo pode falhar em seu compromisso, os obreiros também podem falhar, e como falhamos! Mas devemos entender que o Senhor nosso Deus jamais falha, Deus jamais faltará com a sua Palavra. O SENTIDO MORAL DO DIZIMO Antes de entendermos o seu sentido moral, é importante também compreendermos o que o dízimo não é: a. Não deve ser encarado como um peso obrigatório para que possamos escapar do juízo divino; b. Não deve ser compreendido como um martírio que o cristão precise de aliviar-se com muita pressa; c. Não deve ser visto como barganha, na base do toma-lá-dá-cá (nem com Deus, nem com o pastor) d. Não deve ser encarado como uma esmola ou algum tipo de ato de caridade; e. Não deve ser compreendido como meio de salvação (A Salvação é um ato da graça de Deus); f. Não deve ser visto na base do medo de ter o nome anotado no SPC do céu, ou como se estivesse pagando alguma mensalidade ou quitando algum carnê da casa própria. g. O dízimo não tem caráter mercantilista, nem pode ser entendido como um mero investimento. Assim sendo, devemos compreender qual o verdadeiro sentido do dízimo: a. É um reconhecimento de tudo o que temos pertence a Deus – (Sl 24.1; Ag 2.8) b. É um ato de gratidão a Deus pelo que Ele tem nos dado – (Cl 3.15) c. É um ato de fidelidade, obediência e de compromisso com Deus – (Ne 10.35-37) d. É uma demonstração de que reconhecemos a sua grande bondade para conosco e. Quando o crente não contribui com seu dízimo, ele está demonstrando falta de interesse pela casa de Deus – (Ne 10.39). f. Significa honrar a Deus com aquilo que temos – Pv 3.9,10. g. O dízimo é antes de tudo, um ato de adoração OFERTAS “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar” (ICo 16.1) “Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente (II Co 8.3) As ofertas comuns e regulares devem ser proporcionais à renda do contribuinte. Porém Deus levanta pessoas de confiança para canalizarem dinheiro para as necessidades de sua obra. Essas pessoas: a. Podem dar metade do que obtém: “E levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado” (Lc 19.8) b. Essas pessoas podem dar tudo o que obtêm: “Porque todos aqueles deram como ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deu todo o sustento que tinha. Agora somente para o nosso conhecimento: Um judeu devoto no Antigo Testamento, dava no mínimo 30% de sua renda a Deus. A passagem que leremos agora fala de sete diferentes tipos de ofertas: “E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas” (Dt 12.6) Conclusão: Uma coisa é certa, Deus quer abençoar, e muito o seu povo. Sejamos pois fiéis nos dízimos e nas ofertas. Se você ainda não é um dizimista, experimente adorar ao Senhor com os seu dizimo e sua oferta e você verá a benção do Senhor fluindo na tua vida. Lembre-se é Deus mesmo que diz: “Fazei provai de mim, se eu não abrir as janelas do céu para que vos advenha a maior abastança” – Ml 3.10 Deus abençoe a todos no nome precioso de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem pertence a honra e a glória, não só hoje como no dia da eternidade.Amém! José Carlos Alexandre, Pr. “Ao Rei Consagro o que Fiz” Sl 45.1 “E quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais sabedoria ao povo ensinou”

PRESERVAR NOSSA IDENTIDADE CRISTÃ - UM DESAFIO

PRESERVAR NOSSA IDENTIDADE CRISTÃ – UM DESAFIO Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças – Cl 2.6, Preservar nossa identidade na verdade, trata-se de um grande desafio, dado à proximidade da volta de Cristo para buscar sua igreja. Estamos vivendo num mundo de constantes transformações na sociedade modernizada.Este período é denominado “pós-modernidade”. Entretanto, a igreja precisa de rumo. Ela não precisa de novos propósitos, como alguns parecem interpretar. Jesus deixou propósitos para sua igreja – Mt 28.18-20; Mc 16.15 O QUE É UM DESAFIO. É um repto lançado a alguém. É uma grande dificuldade a ser superada. É um grande teste de suficiência e de resistência a ser solucionado. Urge que os obreiros do Senhor se preocupem em rever os paradigmas que estão utilizando no ensino da Palavra de Deus, de modo que não venham a apresentar um estudo bíblico irrelevante, desprovido da graça de Deus. Não podemos abrir mãos dos princípios doutrinários expostos nas páginas das Escrituras, em busca de um evangelho sem compromisso, e de um cristianismo sem Cristo. O momento atual que estamos vivendo deve nos servir de alerta, pois a igreja de Cristo está sendo atacada por falsos mestres, que em busca de um evangelho triunfalista enganam os incautos e tentam atrair o rebanho após si (At 20.29,30). O pastor, o pregador, e o ensinador cristão devem aproveitar bem a oportunidade oferecida nestes dias de escola bíblica e se preparar espiritualmente, a fim de que seu ministério seja eficaz. É bom lembrar as palavras da irmã Durvalina bezerra, diretora do Seminário Betel Brasileiro, de São Paulo: “Numa época em que a fé perde os seus conceitos,a doutrina é substituída pela experiência e a consciência cristã se acomoda no sensorial, há necessidade de vivermos um cristianismo genuíno, que tem a mente cristã como filtro de toda a verdade”. Esperamos em Deus que nestes dias de estudo da Palavra possamos receber um verdadeiro mover do Espírito e sermos renovados em nosso ministério para cumprirmos cabalmente o ministério que nos foi confiado. Certamente o Senhor nosso Deus nos ajudará, e assim conseguiremos preservar nossa identidade cristã em meio a densas trevas que cobre esse mundo mal. Durante esses cem anos de pentecostes em nossa pátria, a chama do Espírito tem se espalhado qual fogo em campo aberto, e Deus em sua infinita graça tem levantado homens e mulheres para trabalhar em prol do seu Reino aqui na terra. O legado que deixou os nossos pioneiros jamais devem ser esquecidos por nós, temos a responsabilidade, o desafio de darmos continuidade a esta tão grande tarefa. Convém aqui relembrar as últimas palavras de Gunnar Vingren, um dos fundadores das Assembléias de Deus no Brasil, antes de adentrar as mansões celestiais: “ Diga-lhes que vou feliz com Jesus e, como um pai em Cristo, exorto a todos a receber a graça de Deus, que quer operar mais santidade e humildade, para que possam receber os dons do Espírito Santo. Somente desta maneira a igreja de Deus poderá estar preparada para a vinda de Jesus. José Carlos Alexandre, Pr.

LIDERANÇA CRISTÃ

LIDERANÇA CRISTÃ 01. Liderança Definir liderança é como tentar definir o amor: todos sabem que ele existe, mas é difícil dar-lhe uma definição exata. Vejamos algumas definições que podem nos ajudar na compreensão. “Liderar é influenciar” (Sam Deep) “Liderar não é dominar, mas, sim, a arte de convencer as pessoas a trabalharem em vista de um objetivo comum” (Daniel Goleman) “Liderança é a capacidade de transformar visão em realidade”. (Warren G. Bennis) A sociedade seja ela qual for, é conduzida através do tempo e da história, de modo consciente ou inconsciente, por lideres que lideram os mais diferentes tipos de grupos de pessoas. 02. Líder secular É um especialista em trabalhar com pessoas, dirigindo-as com a participação espontânea do grupo. 03. Liderar é a um só tempo, planejar, organizar, dirigir, coordenar, controlar, e avaliar. 3.1. Planejar. Tem a ver com o trabalho do líder, em geral como um todo. É a função administrativa de prever e programar o trabalho, de modo generalizado. Em resumo: Planejar é estabelecer alvos realistas. 3.2. Organizar. Tem a ver com o tempo disponível do líder. É consoante o tempo disponível que o líder agrupa recursos e fatores necessários aos planos já feitos. “Deus não é Deus de desorganização” (I Co 14.33, literalmente). 3.3. Dirigir ou Comandar. Tem a ver com pessoas. É conduzir a organização, tomando decisões e controlando a execução de tarefas, e motivando as pessoas à ação, - Pelo exemplo - Pela capacidade - Pela experiência - Pela dedicação ao povo e ao trabalho 3.4. Coordenar. Tem a ver com a integração das tarefas, visando à realização do trabalho como um todo. Coordenar, em liderança, é equilibrar a ação administrativa do líder. 3.5. Controlar. É regular, e, regulamentar as atividades, os desvios e distorções que podem ocorrer na função admistrativa. 3.6.Avaliar. Tem a ver com os resultados. É a função admistrativa de verificar os resultados, de acordo com as normas existentes e os padrões estabelecidos. 04. Liderança cristã É a liderança exercida pelo cristão. 4.1. Ez 22.30. Aqui Deus disse: “busquei dentre eles um homem.” Isto é, um homem para liderar. 4.2. Liderança cristã no lar; na família (Gn 18.19;Et 1.22). 4.3. Liderança cristã na administração da igreja (At 20.28; Tt 1.5) 4.4. Liderança cristã no ministério (At 15.13(Tiago); 20.17 (Paulo) 4.5. Liderança cristã no pastorado, junto ao rebanho do Senhor (Jo 21.16 (Pedro); 2 Jo v.10 (João). 4.6. Liderança cristã no ensino da Palavra. Exemplo: os levitas (Ne 8.7,8); I Tm 2.7 (Paulo); At 18.24,25,28 (Apolo). 4.7. Liderança cristã na literatura evangélica. Exemplo: Moisés, Salomão, Paulo, Lucas, João. 4.8. Liderança cristã na juventude evangélica. - Lideres jovens: José, Josué, Davi, Samuel, Daniel, Timóteo. - ver I Tm 4.12 “Ninguém te despreze porque tu és jovem”(literalmente) 4.9. Liderança cristã na música; no louvor e na adoração ao Senhor. Exemplo: Davi, Hemã, Asafe, Etã. Ver I Cr 25.1.5 4.10. Liderança cristã na ciência. Exemplo: Salomão (I Rs 4.29-34) 4.11. Liderança cristã nas artes. Exemplo: Davi, Bezaleel, Aoliabe. 4.12. Liderança cristã na política. Exemplo: José, Davi, Isaias, Daniel. Ver Sl 78.72 (Davi) 05. Líder Cristão. É a pessoa que Deus escolhe, dirige, e capacita, para administrar a sua obra (instituições e atividades), e o seu povo (conduzindo-os como pessoas. Exemplo: Gideão (Jz 6.1ss). 06. Formas de liderança (no campo secular) 6.1. Liderança carismática. Esta forma de liderança concentra-se numa pessoa-idolo; uma espécie de “vitima” ou herói. - Tal líder passa a ser tido como de origem fora do comum; quase um “sobrenatural”. - Esse líder surge nas crises da nação e do povo. - Sob tal líder, o povo muda sua linha de raciocínio de um instante para outro. 6.2. Liderança reformista - Esta liderança concentra-se em promessas, esperanças e anseios do povo - É uma liderança hostil, agressiva, destruidora. - Geralmente o líder é muito persuasivo. - Nessa forma de liderança ocorre mudança de instituições, de governo e de organização social. 6.3. Liderança coercitiva - É uma forma de liderança fixa e totalitária. - Usa a força como dinâmica; é monopolista. 6.4. Liderança autêntica - É a habilidade de organização, e a capacidade de mobilização de forças e recursos para o bem comum. - Esta forma de liderança é pacifica, benéfica, progressiva, espontânea, e transitória (enquanto a liderança coercitiva é fixa, como já vimos). 07. A liderança na Bíblia Principais livros da Bíblia sobre liderança: Êxodo, Números, Josué, II Samuel, I Crônicas, Neemias, Filipenses, Tito. 08. O termo “líder” Este termo entrou no vocabulário da língua portuguesa a partir da década de 1950. Na Bíblia o termo aparece, mas é traduzido por outras palavras, uma vez que o vocábulo “líder” é de uso bem recente. 09. Principais passagens da Bíblia sobre “líder” e “liderança” - Mc 10.44 “o primeiro”= líder. - Êx 18.21,25 - I Sm 12.2. Aqui vemos que o líder autêntico sabe fazer, e por isso vai à frente. - Jo 10.44 “O bom pastor vai à frente de suas ovelhas”. Aí está um quadro autêntico de liderança. - II Sm 5.2 ) Senhor disse a Davi: Tu serás chefe sobre Israel”. “chefe” aí é literalmente “líder”. 10. A Santíssima Trindade e a liderança 10.1. ) Pai (Sl 80.1 “Tu guias a José como a um rebanho”). 10.2. O Filho (Is 55.4). Aqui o Filho é profeticamente chamado “Príncipe dos povos”. “Príncipe” no original é Nagib=líder. 10.3. O Espírito Santo (Jo 16.13 “Ele vos guiará em toda a verdade”. “Guiará” é literalmente “conduzir” ao longo do caminho. 11. Tipos de lideres e de liderança 11.1. Líder autocrático - É apenas um chefe; só faz dar ordens. - Preocupa-se somente em impor a sua vontade. - “Lidera” pela sua autoridade. - Usa a coação e não a persuasão junto ao seu povo. - A Palavra de Deus adverte: “Não como tendo domínio sobre a herança de Deus” (I Pe 5.3). 11.2. Líder autêntico (ou democrático) - Esse é primeiro, líder, e também chefe. - Lidera pela capacidade, pelas qualidades de liderança, pela influência. - Preocupação com a cooperação do grupo. - Usa a persuasão e não a coação, junto a seus liderados. 11.3. O chefe diz: “faça.” O ditador diz: “faça agora.” O líder diz: “façamos.” 12. Bons lideres da Bíblia 12.1. Abraão, José, Moisés, Gideão, Neemias, Ezequiel, Paulo etc. 12.2. Crise de liderança bíblica e cristã, na igreja atualmente. - Carência de lideres cristãos autênticos. - Lideres despreparados, fracos, maus, defasados, ultrapassados, nulos, imaturos, falsos. 13. O Caráter do Líder Não basta apenas o líder ter carisma, é preciso que o mesmo tenha caráter. Assim como o avião depende das duas asas para se manter no ar, o líder depende de carisma e de caráter para exercer liderança com sucesso duradouro. O Líder que ninguém esquece, tem as duas asas: carisma e caráter. O que é carisma? É a habilidade de atrair pessoas em torno de si. Por isso, as multidões seguiam a Jesus. O que é caráter? É um conjunto de hábitos adquiridos ou desenvolvidos ao longo do tempo, que define quem “é” a pessoa. “Reputação é o que os homens pensam que você é; caráter é o que Deus sabe o que você é”.Quando Paulo escreveu para o jovem Timóteo, sua grande preocupação era com a profundidade do caráter dele. No capitulo dois, da segunda carta à Timóteo, ele deixa bem claro isso, que para o mesmo fosse bem sucedido como líder era: 1. Para fazer a diferença como um líder aprovado, há um preço a ser pago – sofrimento (II Tm 2.3). Ministério é chamada para o sofrimento. 2. Saiba a quem você deve agradar no exercício de sua liderança. Quem o alistou? Satisfaça a Ele, Cristo (II Tm 2.4). 3. Não basta chegar na frente; é preciso seguir as normas pré estabelecidas para ser coroado. Não seja desonesto, porque estes não recebem o prêmio (II Tm 2.5) 4. O sucesso no exercício da liderança, sempre foi, e será, o resultado de muito trabalho. Sem trabalho não há colheita digna de festa (II Tm 2.6). 5. Procure ser aprovado no que você faz para Deus, Não adiante ser aprovado pelos homens e reprovado por Deus (II Tm 2.15). 6. Não perca tempo com aquilo que não vale a pena (II Tm 2.16) 7. Não basta você ser um vaso, seja um vaso de honra na grande casa (II Tm 2.20,21). 8. Nunca brinque com aquilo que pode destruir o seu projeto de vida; se for necessário, fuja dele (II Tm 2.22). O que está faltando a alguns lideres, hoje em dia, que, apesar de terem muito carisma, não conseguem manter sua liderança? Porque grandes ministérios e ministros tem sucumbido vergonhosamente? Porque o titulo “pastor” já não tem o mesmo valor que tinha anos atrás?Porque a palavra de um líder espiritual hoje, não tem o mesmo peso que tinha em anos passados? Infelizmente estamos sofrendo uma crise de integridade e caráter na liderança. Deus tenha misericórdia da liderança de nossas igrejas e suscite lideres que sejam verdadeiros servos, que amem a Ele e a sua obra; homens que deixem marcas de uma liderança autêntica e eficaz. Pense nisso: a. A maneira como o líder administra o dinheiro da igreja, revela muito do seu caráter. b. A maneira como o líder se relaciona com o sexo oposto, diz muito sobre o seu caráter. c. A maneira como o líder trata sua esposa e filhos expressa como é o seu caráter. d. O conteúdo das conversas informais do líder, revela muito sobre o seu caráter. e. A maneira como o líder trata os ricos e os pobres, os negros e os brancos, fala muito do seu caráter. f. A maneira como o líder se comporta quando está sozinho expressa como é o seu caráter. g. A maneira como o líder administra os seus negócios financeiros revela muito do seu caráter. h. A maneira como o líder responde à oposição diz muito do seu caráter. Para reflexão:  A duração do sucesso ministerial depende da profundidade do caráter do líder.  As falhas do caráter, que não recebem tratamento, com o tempo, é como ferrugem que vai corroendo a base até fazer cair toda estrutura. Foi assim com Sansão.  O maior investimento que um líder pode fazer é dedicar um tempo para uma auto-avaliação, com o propósito de identificar em que área ele está falhando e precisa melhorar (trabalho, casamento, família, igreja etc.)  Toda prosperidade sem caráter é maligna. Foi por isso que Thomas Jefferson disse: “A abundância material sem caráter é o caminho mas certo para a destruição”.  O líder tem por obrigação, que ser alguém cujo caráter brilhe como a luz em meio às trevas,( Filipense 2.15).  Deus só faz a parte que cabe a Ele, quando nós assumimos a que cabe a nós.  O melhor de Deus é para os que oferecem o melhor para Deus. (Sl 15.1-3).  O caráter de um líder também se manifesta através de sua indignação frente ao pecado.  Prudência é uma das marcas do caráter que tem profundidade (Pv 16.21)  Todas as virtudes do fruto do Espírito, tem a ver com o caráter de Cristo.  Onde houver um líder com profundidade de caráter, aí haverá justiça sempre.  Quem leva Deus a sério, não abre mão de sua integridade. “A reputação é preciosa, mas o caráter não tem preço” (Anônimo).  O procedimento é o resultado do caráter (I Pe 2.14,15) “Na jornada da vida, você pode enganar o mundo inteiro, e ainda receber cumprimentos em sua caminhada. Mas, se enganar o homem no espelho, terá como prêmio derradeiro, dores de cabeça, lágrimas e mais nada” (Dale Wimbrow) 14. Fundamentos da liderança cristã 14.1. A chamada divina do líder cristão 14.2. Servir devotadamente ao seu povo 14.3. Ser organizado; ter organização - Pv 24.27....O líder deve ser uma pessoa organizada - A organização na vida do líder começa pelo seu planejamento organizado. 14.4. Comunicação constante - Há lideres que se isolam, o que muito prejudica a eles, aos seus liderados, e a obra que ele está realizando. - Coisas que ajudam o líder a comunicar-se 1. Seu domínio da língua pátria 2. Sua imaginação fértil, sadia, inspirada, vigorosa 3. Sua facilidade de expressão oral e escrita Paulo, o líder, comunicava-se constantemente, falando e escrevendo 4. Sua maneira de emitir a voz (tonalidade, clareza, inflexão, modulação, expressão corporal (especialmente a fala), e o ritmo das palavras). . O exemplo do líder - o que o líder Faz é mais importante do aquilo que ele DIZ - O exemplo do líder na assiduidade; na pontualidade; na conduta; na direção da obra;na renúncia; na dedicação; na retidão em tudo. - Sem um tal exemplo, você não é um líder; antes uma pedra de tropeço 15. Sinais de um bom líder 15.1. É fiel é sábio (Mt 24.4,5) 15.2. É obediente e submisso à autoridade (I Sm 15) 15.3. Tem autoridade divina (I Sm 3.20) 15.4. Treina novos lideres para o trabalho do Senhor, segundo os padrões bíblicos de liderança 15.5. Conserva inalterável os padrões da doutrina bíblica (II Tm 4.14; 1.13; Pv 22.28) 15.6. Consulta seus companheiros e auxiliares (At 15.6,13) 16. Sinais de um mau líder; um líder negativo 16.1. É desorganizado, e, desordenado 16.2. É liberal na doutrina bíblica e nos bons costumes 16.3. Tem vida irregular, estragada (ele e a família) 16.4. É reclamador crônico 16.5. É problemático. Ele mesmo é um problema; ele gera problemas; ele dá problema; ele “compra” problema; ele complica problema; ele “fabrica” problema. 16.6. É autocrático, prepotente, ditador 16.7. É politiqueiro, briguento, e insubmisso 16.8. É maledicente (fala mal dos outros) 17. A influencia do líder A influencia do líder (boa ou má) move seus seguidores a ação, mesmo estando o líder preso, exilado, ou morto; daí, os psicólogos definirem a liderança como “um processo de estimulo do individuo”. 17.1. Josué (Js 24.31) “Muito depois de Josué” 17.2. Davi (II Cr 34.2) ”Como Davi seu pai”. Isso, centenas de anos após o falecimento de Davi 17.3. Paulo (I Co 11.1) “Sede meus imitadores” 18. Criticas ao líder 18.1. Jesus foi criticado (Jo 7.2) 18.2. Para você não ser criticado: Não diga nada; não faça nada; não seja nada 18.3. Saiba que você jamais agradará a todos 18.4. A critica pode ser inveja. Ex.: Saul e Davi (I Sm 18.7,8) 18.5. Nossos críticos podem estar certos, e daí? 19. Perigos e tentações do líder 19.1. A popularidade do líder (cf II Sm 7.9) - Ela “anestesia” a pessoa. - Saiba como manusear a sua popularidade; o seu sucesso (afinal de contas, nada disso é seu; vem do Senhor). 19.2. Ganância por dinheiro 19.3. Relacionamento impróprio com sexo oposto ( I Tm 5.2) 19.4. Orgulho 20. Jesus, o maior líder que já existiu O Senhor Jesus, foi sem dúvida o maior líder que passou por este mundo, as marcas de sua liderança são vistas claramente na Bíblia, era um líder exemplar, fiel, disciplinado. Veja: 20.1. Era disciplinado na oração – (Mt 6.5-9) 20.2. Era disciplinado nos costumes – Tem haver com certos hábitos sadios que são imprescindíveis na vida do líder. Jesus tinha por costume ensinar (Mc 10.1) e freqüentava a sinagoga (Lc 4.16) que, do nosso ponto de vista cultural, é a igreja. 20.3. Era disciplinado na Palavra – (Mt 12.36) 20.4. Era disciplinado nas ações – (Mt 18.6-9) 20.5. Era disciplinado nos desejos – O líder frutuoso e eficiente precisa saber dizer “não”. Jesus iniciou seu treinamento no deserto dizendo “não” a Si mesmo e ao diabo (Mt 4). Ele iniciou o seu ministério público em uma festa de casamento, dizendo um “não” à sua mãe (Jo 2). “Ao Rei Consagro o que Fiz”. Sl 45.1 José Carlos Alexandre, Pr
A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO A presente lição vem mostrar que a prosperidade está registrada nas páginas das Escrituras de maneira clara, embora alguns por desconhecerem ou torcerem os textos bíblicos, aplicam de maneira equivocada, trazendo confusão no meio do povo de Deus. Antigamente, os crentes que buscavam riquezas eram criticados duramente nas igrejas. Hoje, os pregadores da “nova onda” afirmam que é vontade de Deus que todos sejam ricos. E acrescentam: “Adeus, pobreza do inferno!Você, irmão nasceu para ser rico!” Ser pobre – mesmo que as Escrituras digam o contrário (Hb 11.37,38; Tg 2.5) – é estar sob maldição. Cinco termos hebraicos descrevem a prosperidade no Antigo Testamento, são eles:  Tsaleach – prosperidade como fruto de uma vida bem sucedida (Gn 39.2,3,33; II Cr 26.5)  Chayâ – prosperidade de uma vida longeva (II Rs 18.32;I Sm 10.24)  Sakal – A sabedoria que traz prosperidade (ISm 18.14)  Shalâ – O estado de impertubalidade da prosperidade, estar descansado, estar prospero (Sl 30.6)  Dashem – A prosperidade abundante, significa engordar, ser gordo, prospero (Sl 63.5; Gn 41.26; 27.28 Na perspectiva mundana e bíblica, há uma grande diferença em relação aos bens materiais. Vejamos: Perspectiva mundana:  Produz orgulho  Gera inveja  Avareza  Produz toda sorte de prática ruins  Consumismo  Acepção de pessoas Perspectiva Bíblica:  Produz humildade  Consideração para com os outros  Generosidade  Bons frutos  Consumo consciente  Amor altruista O Evangelho da prosperidade tão propagado hoje em nossos dias, centram-se em verdades bíblicas pela metade fora de contexto, de acordo com esse evangelho, ser cristão implica em ter uma vida abastada, longe dos problemas e enfermidades. Vejamos o que a Bíblia diz: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da Palavra de Deus; antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus” (2 Co 2.17). O termo grego para “falsificadores” é (kapeleuo), “negociar com, comerciar no varejo, colocar à venda”, “traficar, comerciar em pequena escala...falsificar, adulterar”, “negociar, mercadejar, buscar lucro”. O substantivo (kapelos), “comerciante de varejo, de coisas usadas, traficante”, aparece na septuaginta com o sentido de mistura: “A tua prata se tornou em escórias, o teu vinho se misturou com água” (Is 1.22). O vinho não se mistura sozinho, isso é trabalho do kapelos. O Novo Testamento vem nos mostrar de maneira clara e linda a prosperidade tanto nos evangelhos, como nos Atos dos Apóstolos, nos escritos de Paulo, Pedro, Tiago e João. Vejamos: • A prosperidade nos evangelhos – Mt 6.33 • A prosperidade nos Atos dos Apóstolos – At 4.32-35 • A prosperidade nas cartas paulinas – Rm 14.17;II Tm 6.8,9 • A prosperidade em outras epistolas – Tg 2.15; II Ped 2.1ss; III Jo v.3 Como vimos nas lições anteriores a verdadeira prosperidade está ligada diretamente à nossa total obediência e nossa intima comunhão com o Senhor, a presente lição vem ratificar o que anteriormente aprendemos e mostrar-nos que além da obediência e comunhão do crente para o alcance da verdade prosperidade, a graça de Deus vem também a ser um fator fundamental para nossa prosperidade. No exemplo das igrejas da Macedônia vamos entender que a graça nos mantém prósperos e nos ensina que o mais importante na vida do cristão não é o ter, mas sim o ser. As igrejas da Macedônia, são um exemplo que devem ser imitados por todos os crentes de todas as épocas, veja que na passagem de 2 Coríntios 8.1-9, está em foco a verdadeira graça dada aquelas igrejas: Também, irmãos, vos fazemos conhecer a Graça de Deus dada as igrejas da Macedônia. V 1 “...conhecer a graça de Deus...” Está em foco aqui aquele favor divino que fora exibido por meio do Evangelho, nos diversos distritos da Macedônia, favor esse comprovado pelo fato de que muitos daquela região seguiam a fé em Cristo. A graça divina serve de fundamento para todas as promessas do evangelho, começando pelo perdão dos pecados, até finalmente levar os remidos à conformidade com a imagem moral e metafísica de Cristo. Graça: - Significa o próprio Deus benevolente para com os homens. É o próprio Deus olhando para nós com amor e indulgência (Sl 37.17) - Favor, dispensado ou recebido, mercê, beneficio, dádiva, benevolência, estima, boa vontade. No grego charis, donde vem “charme”, “carismático”(no sentido exato) “caridade”, “agradável”, “atraente”, “agradecer”, gratidão. (Cl 4.6; Ef 1.5,6). - Sentido de comutação de pena (clemência do poder público favorecendo um condenado). - Beleza, elegância de estilo - Dito espirituoso ou engraçado (gracejo, pilheria, caçoar, gozação) - Teologicamente vem a ser o dom ou virtude especial concedido por Deus como meio de salvação ou santificação. Favor ou mercê de Deus a uma pessoa Termos usados: - cair em graça – é ser acolhido com benevolência, merecer a simpatia; ter valimento junto a alguém - de graça – gratuitamente - ficar sem graça – o mesmo que perder a graça - não ser de graça – isto é, sério, sisudo, grave, austero - perder a graça – pertubar-se; desconcertar-se - uma graça – um amor de pessoa - dar graças – agradecer - achar graça – agradar a Deus ou aos homens - pedir graça – suplicar A graça de Deus dada as igrejas da Macedônia, fez as mesmas, exercerem um papel extraordinário na questão filantrópica, pois eles se entregaram de maneira exemplar primeiro ao Senhor (o que nos deve chamar muito a atenção), e depois aos outros (2 Co 8.5) eles foram generosos, mesmo nas provações, mostraram que eram desprovidos de ganância e de avareza, pois segundo Paulo mesmo escreveu, eles deram acima do que podiam dar (2Co 8.2,3). Somos informados que os romanos haviam desnudado a Macedônia de suas riquezas, apossando do ouro e da prata ali existente que havia nas minas, impondo pesados impostos sobre os produtos e industrias, como minas de cobre e de ferro e as fundições. Também haviam explorado o sal e a madeira. E tudo de forma tão completa que os macedônios diziam de sua própria nação que se tornara como “um animal lacerado e desconjuntado” Além disso, no caso dos crentes, parece que houve perseguições empobrecedoras. Mas mesmo em tudo isso a graça de Deus foi suficiente sobre eles para contribuírem com alegria. Resumo: Nossa prosperidade tem uma perspectiva escatológica, baseada no que verdadeiramente somos e não naquilo que temos, tendo em vista uma visão filantrópica, em que a ajuda ao nosso próximo passa a ser um diferencial em nossa vida. Que o Senhor Deus em sua infinita bondade e misericórdia, nos ajude à aplicar essas verdades em nossas vidas. Amém! “Ao Rei consagro o que fiz” Sl 45.1 José Carlos Alexandre, Pr.
AS SETE PALAVRAS DE JESUS NA CRUZ Texto base – Is 53.4,5;Mt 27.45-50 Antes do Cordeiro de Deus expirar, Ele pronunciou sete palavras, palavras estas que nos traz uma grande reflexão e também vai nos revelar o imenso amor do Senhor Jesus e sua grande vitória sobre satanás. - As três primeiras demonstram preocupação pelos outros; - As outras três relacionam-se com o seu sacrifício; - E a última mostra que Ele voluntariamente rendeu o espírito. 1. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34) Aqui está a palavra do perdão 2. “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43) Aqui está a palavra da provisão 3. “Mulher, eis aí o teu filho...eis aí tua mãe (Jo 19.26,27) 4. “Eli, Eli, lamá sabactani” (Mt 27.46) Aqui está a palavra da solidão 5. “tenho sede” (Jo 19.28) 6. “Está consumado” ( Jo 19.30) 7. “Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito” (Lc 23.46) Aqui está a palavra da vitória “Ao Rei consagro o que fiz” Sl 45.1 José Carlos Alexandre, Pr.